sábado, 27 de dezembro de 2008

O na tal dês com sa grado



Hou hou hou, aqui estou a devanear em reflexões natalinas... nesse corrente mês quis eu alienar-me ao mundo interno, fechei-me sobre mim mesmo e escolhi saborear as 991 paginas de Dom Quixote. Acredito ser um livro perfeito para o natal, porque a muito se compara ao nosso pensamento dezembrino (eu 2008) onde todos devaneiam sobre uma realidade impalpável... Fora todo esse excesso de racionalidade que abarca meus escritos que reflete o assassinato do meu pensamento mítico-magico (tão importantes a felicidade, credo) lanço-me então a construção dessa cronicazinha tão desprovida de moral, do pudor e recheada de ética do bem dizer, o que me faz dedicar essa merda a Papai Noel, padres, pedófilos e a todas as criancinhas pobres desse país (não é a milésima crônica, mais inspiro-me no pele).
Nessa datinha 25 começo fazendo associações políticas que me lembram os saudosos democratas (ex PFL), e analisando como estes fazendo jus ao numero 25 vão as ruas presentear o povo com colchões e filtros, dando um exemplo de como se distribuir presentes (ao povo sem noite e sem água), isso tudo é um detalhe, devemos celebrar os homens bons, não dedicarei mais linhas a tão caso, pois arrisco perder a intenção da coisa... Vamos lá.
Há 2008 anos atrás época em que Raul ainda era vivo, celebrava-se o dia 25 como sendo o nascimento de Jesus, pois bem meu senhor, aviso-te que após tua morte as coisas mudaram por estas terras, hoje dedicamos a você o presépio e a presepada, e celebramos o consumo e o culto as mercadorias TOP e as que nos tornam IN... bay bay jhesus... Calma cristãos relaxem, porque dia 26 nosso salvador tornará a ressucitar...
Toda a celebração do dia 25 vai alem (literalmente alem) de se dar estritamente no comercio, se da também em casa (literalmente ou motel) no que aprendemos chamar de “santa ceia”, é a santa ceia cheia de putas que toda família tem (parem pra pensar e defina só uma), fora as putas, quer dizer, dentro e dentro das putas a ceia é recheada de peru, parentes falsos (varios) e crianças mal educadas (to falando dos que celebram na pobreza) porque tem aqueles burgueses de mulheres putas, cândidas e católicas e de filhinhos educados que esbanjam o sorriso amarelo de shopping que olham a mesa (na mizeria primeiro avança, depois se olha) e seguram seus muitos presentes de forma exemplar e adestrada repletos de felicidade, é natal, afinal é assim que o mundo progride ordem e progresso (Augusto Conte), vou contar é uma balela...
Passeando pela condição climática do momento, vivenciamos em dezembro esse frio maldito que faz no Brasil e esconde as bundas e o turismo fica escasso, cai à neve e esse é o contexto em que chega Papai Noel chega ao Brasil, passa primeiro em salvador porque da uma parada pra trocar os viadinhos e segue.
E seguindo viajem o bom velhinho descobre que sua puta Mamãe Noel reproduziu tanto que favoreceu a miscigenação, tem papai índio, branco, negro, anão e os cambal, (ela dava a buceta de presente) descobriu o fato e percebeu que pelo mundo tem irmãos que se assemelham a ele só em vestimenta.. E segue Papai Noel pelas ruas como se fosse à China ou Japão e cumprimenta a todos os seus irmãos emitindo o seu som clássico, miscigenado agora hibrido e ae brother hou hou hou, cole peixe hou hou hou, fala mizere....
Pois é companheiros, o natal mobiliza a todos em nossa sociedade, incluindo os afáveis pedofilos... O pedófilo vai às lojas e compra varioosssss presentes, saem à rua passando a mão no chicote ainda virgem que restaram dos natais passados de algumas crianças e as apertam, beijam dão dedadas, ele pode, ele celebra é seu dia, afinal é o único dia do ano que o pedófilo pode exercer seu prazer em paz... Quem tudo vê e tudo odeia é o padre.
O padre odeia porque ele também adora um cu de criança e logo se vê ameaçado e tendo que competir (quanto ciúmes) com essa figura barbuda que lhes ameaça tirar o doce. Entre o padre e Papai Noel, alem de comer criança e do “saco” contendo o presente a elas oferecido, um outro fato que os torna comum, é o fato de se aproveitarem de Jesus para degustar as hóstias infantis em seu formato clássico circunferencial.
Fora essa literal comilança que concerne o natal, pouco me resta refletir, afinal tudo se resume ao comer, porem existe algo que me recuso a não falar, os presentes. Presente é bom e todo mundo gosta, ganhar presente e viver o “presente” é sempre bom, vive-i o presente com um pouco de criticidade...
Mais o presente material e não o temporal, no natal tem um gostinho que se envolve em expectativas e faz a todos imaginar o que virá no saco do Papai Noel, alem de espermatozóides, virá carrinhos, bonecos, CD, s, games, livros de auto-ajuda, chocolates, filhos e violência, uma violência simbólica que maltrata e assassina a esperança das crianças despossuidas de dinheiro, de papai Noel, papai do céu... Crianças despossuidas de um pai espiritual que não as socorrem e as deixam vegetar na mizeria, e um outro papai que não chega com o pão de cada dia e que nuca traz os presentes pedidos tão carinhosamente em cartinhas carregadas de inocência, a ponto de esquecer que são pobres e que em suas casas não existem chaminé, a não ser que papai aprecie um crack, um hollyood... Vai-se o natal ficam traumas e lagrimas.
O natal e sua hipocrisia só existe no real pra quem tem real... A outra parte (os despossuidos) esperam sentados sem centavos celebrando o Ano Novo, com a idéia de que no próximo natal o bom velhinho virá, virá um cacete. Entre a frustração do desejo e o renascer da esperança são apenas 7 dias.Peço desculpas à maneira desconexa com que se deram tais reflexões a ponto de a presença de sentido desse texto preguiçoso ficar sob ameaça... Porem para finalizar com um jingou-bel coerente, mas do que putas (adoro), padres, pedófilos, pobres e os ausentes, queria sugerir em homenagem a Cervantes, quem dêem de presente a seus proximos o livro “Dom Quixote” ou Dêem Xicote. Sugiro o livro porque lá existe um exemplo de amor e fidelidade que deveria ser seguido por todos os homens de boa vontade dessa terra, o exemplo é dado pelo escudeiro fiel de de Dom Quixote, chamado de Sancho Pança.. Pratiquem, afinal a SAN CHU PANÇA da prazer e é sadia, o melhor do natal é viver o “presente”