domingo, 17 de julho de 2011

A BATALHA

Fato! Contra fatos há argumentos. Bem, relativizemos. Contra alguns fatos há argumentos. O fato pode ser a impossibilidade do caso sendo o caso, ou melhor, o problema. Contra o fato há argumentos, geralmente de caráter místico religioso. Mais o que é um fato? Uma sentença? Depende da interpretação que seja dada ao mesmo; o fato é uma sentença, e tenho dito!
Ora, ora... Bem que o fato poderia ser uma fatalidade, não o é. A investigação trata da natureza disso que é o problema dessa vida nesse texto. O fato se impõe, dotado de uma certeza simples, vigorosa, irrefutável... Teoria e mais teorias e ele esta lá. Não se transforma, continua simples, não reivindica, não é prepotente nem arrogante, é simplesmente um simples fato. Desgraça convulsiva de fato!
Frente ao fato as disposições humanas de julgá-lo, interpretá-lo, perda de tempo... Pura perda de tempo, dedicação catalisadora de angústia e de brinde uma gastrite somática. Eis a existência, bosta ansiogênica... Existência assaltada e usurpada pelo fato. Fato, mereces um processo existencial, como podes com tua simplicidade ser tão forte? Ser tão certo!? Como podes agir silenciosamente no tempo sem que tua natureza sequer seja alterada, de onde vem tua força incorruptível? Teu silêncio não te explica e não se pode entender como tu embora no tempo se encontra fora dele. Se auto criaste? Quanta metafísica em uma realidade ao qual não se vê, no entanto es fato, é tão real que a ti a existência sucumbe... Como fugir do paradoxo? Inferno, mil vezes inferno! Se fizeres pergunta, a vida se torna um fardo, quanto pesas e aterra em terra uma existencia interna! As questões enraízam e se a cabeça foge ao espaço, os pés juntos permanecem no chão e os pés juntos te lembram o fato.
A epicidade intelectual desafia o fato, explicações, medos, justificativas, sensações, argumentos e mais argumentos, só/mente argumentos. O fato não se move, e se o faz é no seu tempo próprio, tempo que sentimos e não vemos, sempre com única finalidade, se move para eliminar tua existência. O fato firme te desafia; poderes humanos, científicos, argumentos filosóficos, nada o refuta. O entendimento humano limitado transforma o fato em frio na espinha dorsal. O máximo ódio junto a máxima raiva humana mantém o fato onde esta. Toda revolta explosiva humana é insuficiente ; o resultado disso é uma convulsão emocional, um desespero intelectual, um grito convulsivo, um ataque epilético frente à impossibilidade de derrotar a simplicidade do adversário. Ataque cardíaco com uma ânsia desesperada frente a um inimigo que se recusa a lutar. O desespero é o de dar vida aquilo que te mata, o inimigo é invencível... haaa desespero, nem tu es suficiente, faltam palavras, sentimentos, falta um consolo, o desespero é muito... O desespero é muito pouco enquanto tradução do desejo do desespero, que para ser honesto necessita beirar a explosão. Deus onde esta você?
Fato! Frente a este apenas a aceitação. Não há tranqüilidade na existência; lembro que tu és o visitante que bate a porta no seu tempo que é o tempo de cada um que não o sabe; a tua sentença é imposta não a mim, e sim a vida, a vida em mim... O fato é simples, é forte, te ponho um M, o fato é morte, onde tempo não é remédio, é dose, expira, morre.