Brincar de dedilhar os dedos, dois à esquerda, três à direita... E assim
tem sido a história das mãos que dedilham a si. Como se o objeto pudesse
observar- se fazendo da história das mãos um reflexo da ciência. Qual? Uma dessas.
Tudo bem, as mãos podem servir para pensar modelos teóricos, mas qual a relevância
disso? Nenhuma. Alguma. A última convence. Convence mesmo, porque todo mundo
sabe que os dedos que dedilham a opinião pública converterá a mesma em opinião
publicada... e assim, ô do jornal, lá vamos nós em meio aos nós. Mas agora já
sabemos o segredo, avancemos dois parágrafos. Primeira linha do terceiro após
ter lido o segundo, um labirinto. Criatividade, bricolando do verbo bricolar –
vamos, vá ao dicionário.
Por outro lado, outro conto e outra história... a do papel. O papel
passivo, folha em branca a espera de um printing. Há os jornais e tais e tal e
coisa e tanta coisa. Há papel, prova, alias, não prova, e se prova reprova a
falta de criatividade – essa menos – é mais de autonomia mesmo. Afinal, diz-me
papel se no rastro de tinta há qualquer originalidade. Na ausência dessa, todo
papel é igual, mais parecem papel higiênico. São higiênicos ninguém duvida e
todos são no fundo da bunda uma
merda.
Os jornais, os seus papeis e tais, isso que nos dizem, na redação e da
redação. Certo, e vai me dizer que o jornalista dorme... É possível sono
em
meio a um escândalo desses? Ô do jornal, me dizes tu se minha notícia
não é um
barulho que tu reconhece no silêncio, puta que me pariu, durma com tal
barulho. E o parágrafo rompeu a estética, porque ler dá trabalho. Então
voltemos
aos dedos. Retroceda um parágrafo – 5 linha.
No inicio era o verbo e o verbo se fez carne, tout va bien e qual a relevância
disso? Nenhuma. Alguma. Fioquemos com a última e o respectivo neologismo que
professa fiquemos com foquemos na mais pura revindicação da atenção plena –
mindifulness. E se o parnasiano não quisesse saber-se sabido pelo outro? Mais
isso ninguém discute. Deveriam, é legítimo. Pretensões parnasianas têm aqui nessas
linhas, fugimos da ortografia e do portuga claro. Não podemos concordar, em um
período no qual todos falam e ninguém se entende o parnasiano é o bicho mais
normal. Agora me pegue essas primeiras cinco linhas, engrosse a voz e narre como o
coro do teatro grego ou um contemporâneo de programas jornalísticos policialescos.
Faz o exercício. Nossa o texto ganha em estética, parece belo no
fundo o é – sincero. Mas, me pergunte qual a maior felicidade do mundo?
Avancemos um parágrafo.