“Para uma idéia idiota, no entanto importante virar poesia é necessário somente o registro” Ual... Escrevi isso quando era vivo. Eu 2010.
Catador cata a dor do chão que é o lixo.
Onde o catador cata latinha, lá tinha latinha.
A dor do catador é catar com dor a dor da cidade.
A dor se TRANS-FERE e fere a fera.
O lixo catado pelo catador, é remédio que a dor causou.
Me lixo ao lixo, da sobra que não consegui contar;
Nem o catador catar... Faça a pergunta, quem irá reciclar?
A minha dor em observar
é a dor do catar, a dor de quem observou,
e dor do catador.
Ele cata eu jogo a lata.
Se ele faz a parte suja, limpando a latinha.
Na dor das partes qual é a minha?
Tenho respostas e dor
Vergonha do porco
Orgulho de catador.
3 comentários:
Uma idéia pouco idiota e digna de nota...
Vale a pena registrar isso tb.
A latinha catada pelo catador,
o catador limpa a cidade, ele ñ cata a latinha pelo simples fato de querer uma cidade limpa e sim para ganhar algum dinheiro em troca dessas latas. Quem joga essas latinhas ñ o faz querendo ajudar qualquer um desses catadores, mas pela impossibilidade de jogar no lixo. Essa impossibilidade advém sei lá de onde, talvez da preguiça, da falta da concepção da importancia do lixo no lixo. Mas o fato é q o lixo no chão, o catador cata com dor a sobra do consumo do outro q ñ se importa com sua dor.
O lixo catado pelo catador, é remédio que a dor causou.
A sociedade é tão engraçada. A pobreza do outro é remédio pra ignorancia do outro q imunda a cidade.
O processo é simples vamos dá paliativo pra dor. Em vez de procurar a prevenção dessa dor.
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