terça-feira, 28 de abril de 2015

O condicionamento do debate acerca das políticas públicas e o desmantelamento do SUS



Desde o início do segundo mandato do Governo Dilma Rousseff, temos acompanhado uma sequência de pautas polêmicas entrarem em votação no congresso nacional. Recapitulando, foi matéria de votação a redução da maioridade penal, o projeto de lei que amplia de maneira irrestrita a terceirização, a renegociação do índice de correção das dívidas estaduais e municipais com a União – que na prática força Dilma reduzir as dívidas dos Estados, gerando menor arrecadação para União e, consequentemente, menor investimento do Governo Federal em serviços essenciais para população. Nesse momento, o que assombra o campo progressista e os profissionais de saúde diz respeito à proposta de emenda constitucional (PEC 451/2014) de autoria do presidente da câmara, sempre ele, Eduardo Cunha PMDB – RJ. A respectiva emenda traz para o cenário social duas questões vitais para manutenção da democracia no Brasil: a primeira concerne ao investimento e financiamento do SUS; a segunda toca o financiamento privado de campanha e o condicionamento do debate acerca das políticas públicas.
A PEC 451/2014 apresenta nas suas entrelinhas um discurso que soa ao cidadão brasileiro como canto da sereia. Dito diretamente, a emenda propõe que toda empresa seja obrigada a pagar planos de saúde privados para seus funcionários.  Seria lindo se a lógica subjacente à PEC não fosse tão perversa. Antes de explicitá-la, é interessante introduzir duas questões para reflexão: Quem perde com a PEC 451/2014? Quem ganha com a PEC 451/2014? Começamos pela segunda: ganham os planos de saúde que terão o quadro de clientes inflado. A rigor, os planos de saúde, como demonstrado e alertado por Passos[1] em artigo publicado na revista Cartamaior, foram responsáveis pela doação de 52 milhões de reais para 131 candidaturas de 23 partidos políticos e, em particular, pela doação de 250.000 mil reais – Bradesco Saúde – á candidatura de Eduardo Cunha autor da proposta de emenda constitucional. Diante desse cenário, cabe retomar a primeira questão para afirmar que quem perde com a PEC são os cidadãos brasileiros uma vez que o Estado é desobrigado a investir no SUS, impedindo atendimento de qualidade para população e fragilizando ainda mais sua política de financiamento cujas estruturas foram profundamente abaladas desde a perda dos 40 bilhões de reais ocasionados pela derrubada da CPMF – ainda no governo Lula 2008.
O que essa lógica de proposição de emenda constitucional apresentada por Cunha esconde são os fundamentos que regulam o funcionamento do congresso nacional e as variáveis que pautam e condicionam o debate acerca das políticas públicas no país. De maneira mais específica, a grande maioria dos políticos tem campanhas financiadas por empresas privadas. Ora, não há doação privada de recursos desinteressada. Após eleito, chegam a fatura e as exigências aos políticos por parte dos financiadores. Esse é apenas um dos aspectos da estrutura de corrupção no Brasil. Nessa lógica, nos interessa enfatizar o quanto que o financiamento privado pauta e orienta os debates acerca das políticas públicas no país. No caso de Eduardo Cunha o exemplo é claro, teve a campanha financiada pelo Bradesco Saúde e tem desde então encabeçado o movimento em favor do desmantelamento do SUS. Lógica nociva que prioriza o interesse privado em detrimento do púbico.
Por fim, cabe destacar que toda essa problemática salienta uma vez mais a importância de se debater e defender uma urgente reforma política. A proibição do financiamento privado de campanha e, em contrapartida, a revindicação em favor do financiamento público são bandeiras das quais os profissionais de saúde não podem se furtar. Essa clareza e disposição para travar o debate nos diferentes espaços que cada um ocupa fornece o melhor antídoto contra todo um discurso que vem se desenvolvendo no Brasil e que ameaça conquistas e direitos históricos. Se consolidar os avanços sociais dos últimos anos tem sido um desafio cotidiano do povo brasileiro, é certo também que retroceder não deve fazer parte dos planos, jamais. Em meio a esse cenário de interesses antagônicos, a democracia precisa ser defendida em vista da radicalização e manutenção dos direitos.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Nos bastidores do planalto Kassab: cafetão ou maestro da política?

Em Março de 2011, Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo (2006) e atual Ministro das cidades do governo Dilma sacudiu os bastidores da política ao criar o PSD (Partido Social Democrático) e minguar as bases do DEM (Democratas) – políticos dissidentes desse último encontraram no PSD seu mais novo abrigo político. Do ponto de vista ideológico, ou seja, das ideias e valores que fundamentam o partido, o PSD foi definido por Kassab “como um partido que não é nem de esquerda nem de direita”. Trata-se, portanto, de um partido coringa que joga e assume valor ao sabor das circunstâncias. Coringa ou não, o fato é que a robustez do PSD reservou ao seu líder um lugar de destaque no cenário político brasileiro, consequência direta da sua capacidade de articulação. Consequentemente, Gilberto Kassab foi convertido em forte interlocutor do planalto com o congresso e, além disso, um político habilitado a assumir o todo poderoso ministério das cidades em 2015. Considerando o que foi dito, é importante destacar que mais uma vez a capacidade de articulação política de Kassab se manifesta e assim nos faz ver um filme semelhante ao de 2011: mesmo roteiro, diretor e protagonista. Todavia, as ações de Kassab nos bastidores do planalto não se restringem a sacudir a política, mais do que isso, assombram e causam calafrios na oposição e partidos da base aliada do governo. A razão desse fenômeno é simples: Kassab agora em alto e bom tom articula e professa a ressureição de mais um partido, o finado PL.
Dadas as circunstâncias, Renato Caiado, Deputado Federal, recém-eleito Senador pelo (DEM) de Go é o porta voz de uma oposição temerosa que enxerga em Kassab “o cafetão do planalto”. Dito diretamente, a atitude do ministro que propõe refundar o PL representaria um golpe em vista do enfraquecimento da oposição ao mesmo tempo em que oxigenaria e insuflaria a base aliada do Governo Dilma. De posse do Ministério das Cidades – responsável pelo PAC 3, minha casa minha vida entre outros programas – o ministro tem em mãos a máquina e a chave para cooptar parlamentares e assim viabilizar o ressurgimento do PL. Por essa perspectiva, Kassab, denuncia Caiado, “adota uma postura de cafetão e acha que os deputados são garotas de programa”. Além de Caiado, os primeiros comentários de Eduardo Cunha, Deputado-Federal pelo (PMDB) do RJ e novo presidente da câmara dos deputados indicam a trincheira da resistência ao movimento kassabista. Para Cunha, deve-se buscar a judicialização da refundação do PL. A ideia é clara: barrar a refundação do partido na justiça e evitar o enfraquecimento do PMDB e do DEM.
Nesse contexto, se delineia o horizonte e notas características da maestria de Kassab. A intenção do ministro é refundar o PL e promover a fusão entre esse e o PSD – embora negue em público. Essa equação converteria o PSD na 2º maior bancada do congresso (67 Deputados) ultrapassando o todo poderoso PMDB – sem o qual ninguém governa ou governava o Brasil. O saldo dessa  jogada de mestre seria suficiente para retirar o Governo Dilma das cordas da chantagem política promovida pelos partidos da base e colocar o PMDB em cheque, mate? A ver. Com efeito, Kassab é um personagem que representa um ponto fora da curva no cenário político atual. Não se restringe as relações parasitárias da política; pensa a política, analisa o cenário e move com maestria as peças do tabuleiro. Faz política cotidianamente com base em considerações pragmáticas, ou seja, com base no que funciona e lhe é vantajoso. Executa em última instância uma Realpolitik cuja prática se sobrepõe a ideologia e faz viver Maquiavel.
Posto isso, certamente que devemos respeitar as críticas a Kassab, mas é fato que não podemos reduzi-lo a um cafetão cuja especialidade é aquela de criar partidos políticos e agenciar deputados. Sem dúvida que suas ações nos bastidores do planalto lhe convertem em Maestro da política nacional. Sua capacidade de articulação faz com que uma pequena jogada seja capaz de mudar e muito todo o cenário político. Todo esse poder tira o sono da oposição e partidos de centro que temem ver reduzido seu poder de barganha dado o protagonismo de Kassab enquanto aliado do Governo Dilma e um dos maiores articuladores da política brasileira na atualidade, não é pouco. Implícito nesse debate encontram-se questões relevantes para refletir nosso sistema político. Em especial, a atitude de Kassab revela: a) o fisiologismo partidário que caracteriza uma pratica voltada em todo caso para o interesse privado; b) o modus operandi da velha política que pulveriza e multiplica partidos políticos de acordo as circunstâncias; c) o partido e seus políticos enquanto elementos de barganha de cargos em troca de apoio. Se quisermos reivindicar de fato a reforma política, é importante perceber o que de nocivo a maestria de Kassab revela...Má/estria.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Fisiologia do afeto



Não sentiu
não doeu,
Pra sentir
tem que doer,
Se sentir
 tem que roer,
Assim,
por dentro.


Ruído,
na alma
Sem remédio,
sem calma
Se sentiu,
Doeu, roeu.
Assim,
por dentro.

Por dentro,
assim
tu,
de mim,
roeu,
doeu,
Assim,
Por dentro.

domingo, 27 de outubro de 2013

tapa buraco e assim o são

Brincar de dedilhar os dedos, dois à esquerda, três à direita... E assim tem sido a história das mãos que dedilham a si. Como se o objeto pudesse observar- se fazendo da história das mãos um reflexo da ciência. Qual? Uma dessas. Tudo bem, as mãos podem servir para pensar modelos teóricos, mas qual a relevância disso? Nenhuma. Alguma. A última convence. Convence mesmo, porque todo mundo sabe que os dedos que dedilham a opinião pública converterá a mesma em opinião publicada... e assim, ô do jornal, lá vamos nós em meio aos nós. Mas agora já sabemos o segredo, avancemos dois parágrafos. Primeira linha do terceiro após ter lido o segundo, um labirinto. Criatividade, bricolando do verbo bricolar – vamos, vá ao dicionário.

Por outro lado, outro conto e outra história... a do papel. O papel passivo, folha em branca a espera de um printing. Há os jornais e tais e tal e coisa e tanta coisa. Há papel, prova, alias, não prova, e se prova reprova a falta de criatividade – essa menos – é mais de autonomia mesmo. Afinal, diz-me papel se no rastro de tinta há qualquer originalidade. Na ausência dessa, todo papel é igual, mais parecem papel higiênico. São higiênicos ninguém duvida e todos são no fundo  da bunda  uma merda. Os jornais, os seus papeis e tais, isso que nos dizem, na redação e da redação. Certo, e vai me dizer que o jornalista dorme... É possível sono em meio a um escândalo desses? Ô do jornal, me dizes tu se minha notícia não é um barulho que tu reconhece no silêncio, puta que me pariu, durma com tal barulho. E o parágrafo rompeu a estética, porque ler dá trabalho. Então voltemos aos dedos. Retroceda um parágrafo – 5 linha.

No inicio era o verbo e o verbo se fez carne, tout va bien e qual a relevância disso? Nenhuma. Alguma. Fioquemos com a última e o respectivo neologismo que professa fiquemos com foquemos na mais pura revindicação da atenção plena – mindifulness. E se o parnasiano não quisesse saber-se sabido pelo outro? Mais isso ninguém discute. Deveriam, é legítimo. Pretensões parnasianas têm aqui nessas linhas, fugimos da ortografia e do portuga claro. Não podemos concordar, em um período no qual todos falam e ninguém se entende o parnasiano é o bicho mais normal. Agora me pegue essas primeiras cinco linhas, engrosse a voz e narre como o coro do teatro grego ou um contemporâneo de programas jornalísticos policialescos. Faz o exercício. Nossa  o texto ganha em estética, parece belo no fundo o é – sincero. Mas, me pergunte qual a maior felicidade do mundo? Avancemos um parágrafo.

É aquela que se sente, sensciente. E dos versos das músicas, uma frase: “Ô deus, se não rezei direito o senhor me perdoe, tu sabe que negra é a beleza de todas as cores, porque se cala o cantor, cala-se a vidaaaaaaa e donde termina el asfalto, eu me remexo muito”. Como se o pensamento se auto-organizasse, assim, simples, entende? Qual a razão de ainda sermos quem somos? E por acaso o filósofo quando nos enganou não havia afirmado que nós, ao escolhermos escolhemos o homem, ou seja, o melhor, a humanidade. É apostar na sinceridade e falta de discernimento ou tu achas que quem escolhe e dessa envergonha-se não tem clareza do quão venenosa a mesma é. E por que as blusas são vermelhas e verdes. Porque como as são não sabemos. Feche os olhos toque a blusa. Cadê o vermelho e verde? Mas vão me retrucar, folie, crazy, louco e ai eu te pergunto. Se todo mundo hoje é parnasiano, quando foi na tua vida que tu entendeu alguma coisa? Acha que entendeu, honestidade, vamos lá, três perguntas e tuas crenças desmoronam, se terás coragem de fazer é outra história... Afinal, de que adianta desconstruir para construir novamente... aí meus amigos, se a moda pega, estaremos todos no paraíso. E qual o problema se você não entendeu como eu queria? Sentidos temos e damos, legitimo é o seu. Mas com limites meu chapa, há ordem, lei e democracia. Agora entendemos a natureza dos conflitos. Em nome do pai, amém, e o mundo se fez, com tantos erros meu Deus que só o Diabo para consertá-los, viva os encarnados... Em um país que se orgulha mestiço, onde negro, indio e branco representa ponto fora da curva. Se o mestiço não representa todos, bem vale buscar uma etinia. Eu quero ser negro mas acima de tudo, ser gente, diferente.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Médicos no SUS, cadê e por quê?

Os médicos saíram às ruas, agora sim é possível entender o que significa um ATO MÉDICO. Sair às ruas, esse é o único ato médico tolerável nesse caldeirão político que vem se transformando o país. Não encontrarmos médicos suficientes atuando no SUS ou no interior do estado, mas sabemos onde estão: nas ruas. E lá estão por razões obvias: amor à causa. Que causa? Armaria, faz vergonha mencionar. Para tentar entender o porquê de essa categoria estar nas ruas, vamos aos f/atos médicos.
Antes de ter início às mobilizações em massa no Brasil, o governo federal acenou com a possibilidade de contratar médicos estrangeiros para atuar em regiões com certa defasagem ou completa ausência dos respectivos profissionais no país. A vinda de médicos estrangeiros cubanos, espanhóis, portugueses ao Brasil injetaria um pouco mais de saúde na saúde, sim, é necessário. Um dia após o anúncio ecoaram vozes dissonantes da proposta saudável do governo nos quatro cantos do país. Quer dizer, ecoaram vozes nos grandes centros urbanos que concentram a quase totalidade dos profissionais de medicina do país. As vozes não ecoaram do interior ou da periferia das grandes cidades porque lá não existem médicos que gritem, mas fazem gritar a população, adivinhem por quê? Vou dar uma pista, tem haver com a qualidade da formação (não é uma regra). Na distribuição geográfica desses profissionais no território nacional, temos um exemplo obvio do que significa a expressão: erro médico. Os médicos estão concentrados nos grandes centros e os salários que variam entre 8.000 e 13.000 mil reais mensais oferecidos em diferentes cidades no interior nos diferentes estados do Brasil não são suficientes para atrair e fixar os pobres médicos nesses municípios – falta de infraestrutura dizem. Infraestrutura para inflar a estrutura econômica privada. O motivo para recusa tem haver com a causa pró vida... do bolso e não com o custo de vida nessas cidades ou falta de estrutura. O dilema “custam vidas” e vindas. 
A vinda dos médicos estrangeiros para o país anunciada pelo governo representa para o Conselho Federal de Medicina (CFM) um verdadeiro atentando a saúde de qualidade oferecida no Brasil. Obviamente que a resistência do CFM não tem qualquer relação com questões ou fatias de mercado. Tem haver sim com a qualidade do serviço prestado a população ameaçada por profissionais “mal formados” made in Portugal, Espanha e Cuba. Para o CFM, a formação nacional é de excelência tanto em qualidade quanto em quantidade de profissionais. O resumo da ópera é: Dilma, o país não necessita importar outros profissionais de formação duvidosa. Para o CFM, esta medida fere a autonomia nacional, desrespeita a legislação que regula o ingresso de médicos no país, coloca em risco a qualidade da assistência oferecida à população e não resolve de forma definitiva o atendimento em saúde das áreas de difícil provimento no interior dos estados e nas periferias dos grandes centros. Se por acaso contratar, tem que passar pelo crivo do REVALIDA, esse é um critério que o CFM não abre mão. 
Convenhamos que o REVALIDA e seu nível de dificuldade profundamente planejada, se aplicado aos estudantes de medicina do Brasil somente atestaria a qualidade duvidosa de grande parte das instituições formadoras do país. O problema da qualidade se aplica aos diferentes cursos de graduação, mas os senhores da saúde lidam com a vida e seus limites como poucas áreas das ciências. Portanto, a preocupação com quem chega para abocanhar fatias no bolo da saúde é legitima. O raciocínio poderia ser aplicado a um engenheiro que por ocasião poderia errar um cálculo estrutural... Prédios, erro de cálculo estrutural e vidas, mas essa não é nossa equação. O fato é que o conselho federal insiste no revalida e na tese de que existem profissionais, o que falta mesmo é condições de trabalho nos locais carentes desses profissionais. Subjaz a esse discurso uma tese pró-privatização da saúde: o problema é do estado, gestor ineficiente. Esse tom é parte do discurso neoliberal que vigora na saúde, daí para pior.
Em contrapartida ao argumento Revalida + Condições de Trabalho e a ameaça de greve geral dos médicos, o governo recuou. A saúde do Brasil ficou refém da medicina. Recuou mas nem tanto e deflagrou um tiro saudável na categoria no melhor estilo ou vai ou racha. O ministério da saúde anunciou a abertura de cerca de 10 mil vagas para médicos em regiões carentes, que vão receber bolsa federal de R$ 10 mil. O governo ainda vai determinar a quantidade exata de vagas. A previsão do Ministério da Saúde é que até 18 de setembro todos os profissionais escolhidos dentro do “Mais Médicos” estejam atuando no país. De acordo com o governo, a prioridade será preencher as vagas do programa com profissionais brasileiros. Os postos de trabalho remanescentes serão completados com estrangeiros. Por outro lado, apertou o cerco a favor de uma matriz curricular tendo em vista qualificação e responsabilidade social – muito bem remunerada. O governo propôs criar um 2º ciclo de graduação. Na prática significa que os cursos de medicina passaram de 6 para 8 anos. 6 anos de graduação mais 2 anos de trabalho na saúde popular no SUS – com valor da remuneração entre 3.000 e 8.000 mil reais, um achado doutores.
Em oposição à proposta do governo o conselho federal de medicina já esperneou: trata-se de um serviço civil obrigatório. Para o governo trata-se simplesmente de uma segunda fase de estudos remuneradas. A coisa é tão bacana que poderia entrar como pauta de revindicação das demais categorias de saúde: bolsa segundo ciclo pró SUS. O fato é que os médicos parecem estar sem saída e o pior, sem apoio da sociedade civil e muito menos das diferentes categorias e sindicatos dos profissionais de saúde. No segundo caso, efeitos do ato médico, consequência dessa tentativa absurda de transformarem-se (os médicos) nos donos do saber/poder e supremos gestores da saúde! Agora que os donos da saúde dispersam sua força política em diferentes frentes, o ato médico se tornou algo secundário e deverá ser vetado pela presidenta Dilma – sob absoluta pressão – ou veta ou vai comprar briga com as demais categorias dos profissionais de saúde. Se pensarmos nas circunstâncias políticas atuais, não é a melhor opção política, tudo isso em nome do pragmatismo político que tem dado a tônica nas medidas do governo. Presidenta, bom senso e prudência, veta Dilma!
Na atual conjuntura política e no puxa estica da correlação de forças, o país e a democracia saem com saldo positivo. As proposições do governo seguem encurralando o conselho federal de medicina e a bancada dos médicos no congresso. Obviamente chegamos em um momento que foi dado um basta ao leilão da saúde posto em marcha pelas entidades que representam os médicos no país. A saúde no e do Brasil, não poderá continuar refém dos médicos. Saúde sequestrada pelos representantes da medicina no congresso e no conselho federal de medicina que fazem da vida objeto de jogatina em um cassino econômico absolutamente perverso. A resistência aos médicos estrangeiros, os interesses privados bem como o interesse em servir a indústria farmacêutica e aos grandes grupos médicos não podem e não devem estar acima da soberania da saúde nacional. Saúde que onera mediante impostos absurdos o trabalhador brasileiro. Trabalhador que em última instância financia a universidade pública e recebe de troco um serviço público de saúde longe do ideal, mas que vem sendo cotidianamente construído e fortalecido por profissionais que entendem o significado do cuidar do outro e da res pública. O discurso do conselho federal de medicina não pode continuar representando um ponto fora da curva enquanto a questão da “cura” da saúde no e do Brasil passar pelos caminhos da construção de um sistema único de saúde pública e de qualidade. Os profissionais estrangeiros e o 2º ciclo de estudos representam duas doses amargas de um remédio que tende a fazer bem a saúde no Brasil, mas que os donos da medicina no país recusam-se a engolir... Esperneiem mas engulam, é para o bem.

Ps: No atual cenário político nacional temos algo muito interessante acontecendo. A esquerda mediante movimentos sociais e sindicatos organizam uma paralisação nacional no próximo dia 11. Não podemos confundir isso com os protestos da copa das confederações. O que antes era difuso e plural – legítimo – acena com a possibilidade real da unidade na pauta e na luta. A esquerda tomou o pincel das mãos da mídia e rabisca algo para fazer avançar a democracia no país. Vem chumbo grosso por aí. O lulismo e seu ciclo de desenvolvimento confronta-se com limites evidentes. Agora é hora de dizer nas ruas por onde vamos. Estarei lá. Estejamos.

Kayk Oliveira

sábado, 22 de junho de 2013

#Partiu, da manifestação e Dilma na Televisão

Manifestação, maninfestação de gente, manifesta, minifesta! Aqui uma hipótese de investigação que recusa a pressa e evita qualquer explicação precipitada do que vem ocorrendo no país. Hipótese, mera hipótese. Com essas breves linhas desejo - com a permissão de Sampaio - botar o meu bloco na rua. Os brasileiros foram as ruas, uma parte deles, como nunca antes na história desse país, ótimo. Que parte e qual a mensagem? Tic-Tac, Tico-Teco: leiam-se as cartolinas, melhor caminho para entender o que prega o movimento. Viva o engajamento  de cartolina. O movimento não é Bragaboys mas também é BOMBA e cartolinas brancas, rosas e etc.
Com ou sem bomba, o movimento revela um  Brasil plural,  um milhão de pessoas, um milhão de pautas, claras, muitas distintas, completamente. A diversidade das pautas impede qualquer unidade e consequentemente clareza do que querem os manifestantes - com exceção do passe livre de SP. O comentário não é exagerado visto que no coração da manifestação temos neonazistas, católicos, evangélicos, gays, negros, pobres e burgueses... os mais diversos grupos e seus respectivos valores e bandeiras muitas vezes antagônicos. Sendo assim, é natural que em meio aos gritos e marchas pelas garantias dos direitos, alguns desses terminem conflitando. A unidade revela certa multiplicidade da democracia e suas desejáveis contradições. Democracia é luta, é conflito, é atrito, é antagonismo de ideias,faz parte do jogo, é legitimo, é um direito e um dever. Poupemos os músculos, acreditem, não são necessários. 
Necessário mesmo é manifestar-se, levar sua cartolina e postar no Facebook. Manifestação 2013, eu fui. Na de 2014 uou uou uou, eu vou!. Quantos curtiram isso? Quantos comentários? A cartolina no face torna-se uma cartolinda, Xd. Qual a mensagem? O que fica além desse Sentimento Estético de Revolucionário? Fui, fotografei, postei, participei, fiz parte da história dei minha contribuição, mandei meu RECADO NO REAL. Getúlio Vargas deve estar orgulhoso "Saímos do face para entrar para história". Os revolucionários mais otimistas dirão " é algo incipiente, é o começo de um novo tempo". Eu, enquanto reacionário confesso, acredito que precisamos de algo mais. Precisamos dos partidos. Nesse sentido, o pronunciamento da Presidenta Dilma (presidenta para democratizar o Português)  tem algo a nos ensinar sobre democracia.
O pronunciamento foi sensato e o recado direto: Não há democracia sem partidos. Antes de qualificar o pronunciamento da presidenta com adjetivos morais típicos da direita raivosa ou enquanto algo superficial vide a ignorância de um ou outro telespectador apressado, devemos nos perguntar: hsfdjfvmcdtçl gdyeçlsvdy bjdyrkdzgflzgfdl jhdsfykhfgf. Não quero sugerir questões. Informatizados e secularizados, logados e sintonizados, não é necessário que os outros pensem por tu. Ninguém nessa Folha, ninguém nesse O Globo terrestre, ninguém nesse Estadão de meu deus, ninguém nesse Jornal Nacional pode pensar por você - F5 no iluminismo, sapere aude. A opinião pública é diferente da opinião publicada, vale o alerta. 
Não há democracia sem partidos, sem leis e sem ordem. Não há democracia sem regras assim como não há democracia sem espaço para o debate e discussão. O movimento que grita por fora dos canais dos partidos, de uma pauta específica, dos movimentos sociais organizados, fora do legislativo, sem representantes, corre o risco de desmanchar-se no tempo na media em que o som do seu grito se propaga e arrefece, como ocorreu nesse Felici/ano. Depois de gritos e mobilizações em todo país, Feliciano - o fundamentalista - continua presidente da comissão dos direitos humanos. Após a tempestade vem a calmaria e nada mudou. Com essa breve consideração, defendo que o pronunciamento da presidenta, foi didático, uma aula de democracia. 
A clareza com que expôs as ideias e os caminhos para conduzir o debate, nos impede - a não ser por ignorância - de julgar seu pronunciamento enquanto superficial. A mensagem veiculada propôs trazer toda insatisfação popular manifestada nas ruas para dentro das regras da democracia com um repudio claro as manifestações de violência. As vozes precisam ser canalizadas. Existem canais além das ruas onde devem ser expressas, ecoadas, defendidas. Não há democracia sem partidos. Elejam seus representantes e líderes  e venham para o debate, a mensagem da presidenta foi radical, democrática na raíz.
Aos manifestantes com a cara da "nova classe média" fica o recado: não se deve repetir os erros da classe média anterior. Não dá para comprar o carro, o tablet, o apartamento sem refletir sobre que país querem. Não é possível revindicar desvinculado dos movimentos sociais e dos partidos políticos. Sair do face e ir para rua não basta. Transporte público de qualidade, educação de qualidade, saúde de qualidade. Essas são bandeiras que podem e devem ser defendidas. O que fariam com o dinheiro se não tivessem que pagar planos de saúde? O que fariam com o dinheiro se não tivessem que pagar altas mensalidades na universidade privada? Somam-se a isso, o que a outra metade da população, aquela que não foi a rua, pode fazer se gritar sobre a fome, a falta de saneamento, de segurança, de educação e habitação? As preocupações são legitimas, podem e devem ser mais gulosas a fim de consolidar novas conquistas e avanços com a cara desse novo Brasil, que não se enganem, vem de baixo. O Brasil com classe, médiaé verdade. O mais é possível, Dilma deu o recado.
Enfim, partiu do movimento e do pronunciamento essas considerações. Algo imaturo, incipiente, reacionário anti-revolucionário. Uma consideração careta de quem de casa acompanha a revolução nesse novo e velho Brasil. Essa manifestação sem fotos ou cartolinas, porque hoje com toda sinceridade eu quero é ver gol. Brasil sil sil.

Kayk Oliveira Careta.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Miss Bumbum 2012

Quem disse que bunda não é coisa de filósofo ou de filosofia? É sim, tenho dito, afinal, uma boa filosofia se faz com bunda, sentando a bunda, seja nos bares ou nos mais variados ateliês filosóficos. Muitas das grandes ideias devemos a alguns filósofos bundões cujas cabeças e cérebros igualmente grandes e importantes assemelham-se às nadegas das mulheres de época, melancia, melão, morango, enfim, qualquer das frutas que por serem de estação: passam. O texto que segue, tem por objetivo pensar e louvar as bundas e a sua relação com a filosofia, a partir da Miss Bumbum 2012.
No Brasil, a virada bundistica nos oferece todo conteúdo para circunscrever o debate. Vejamos as manchetes: não são uma, nem duas, nem sete. A nossa opinião pública esta marcada de bundas, pouco atraente é verdade. As manchetes fornecem a matéria prima dos nossos pensamentos. Graças à mídia, o nosso cotidiano constitui-se de uma bundeza só, ou bundarias para respeitar o pluralismo democrático da Chantal Mouffe.
Adentrando as bundas, caso não tenha ejaculação precoce, vais compreender o que digo; sejamos céticos, suspendamos o juízo e investiguemos um pouco mais do que se trata, a ver. Ao tratar de um conteúdo, ao qual yo soy muy versado, não poderia faltar uma reflechão, tão pertinente, para nivelar claro, por baixo nosso debate. Por baixo, por cima, ou de quatro, decidam. Como diria Marx, a filosofia tratou até o momento de interpretar o mundo, trata-se agora de transformá-lo, sábio Marx, profeta das nadegas. Nesse sentido, a reflechão, para fazer jus as bundas, traz ao chão à filosofia. Assim como a gravidade atrai os corpos, bunda e o papel da filosofia são indissociáveis. A filosofia mon amies, vem para a terra – e haveria lugar melhor? Descemos juntos até o chão, bunda e filosofia, reflechão, reforcemos o conceito, a reflexão da primeira com a descida até o chão da segunda. A filosofia, rala a tcheca no chão, chão, chão.
Em um país tão aBUNDAnte, não raro, é realizado o denominado: Miss Bunbum. São pessoas, que se esmeram por mostrar o que consideram possuir de melhor. Para confundir entre o que elas têm de melhor e o que de melhor o Brasil tem é, como se diz no interior, um pulo. Brasil e bunda fundem-se, ou melhor, FODEM-se em um só coração, com o apoio da Veja, Folha de SP, O Globo e mais uns três correspondentes internacionais. Notem a bunda, o nosso país e a nossa cara de bunda viram manchete internacional, e nesse fato, vai uma dose de orgulho, afinal, trata-se da bundialização do Brasil, trata-se da nossa bundentidade. Voltemos ao esmerar-se.
Em uma nação onde a grande maioria da população toma na bunda em meio a luta pela sobrevivência, ver o esmero, o esforço, os desdobramentos das candidatas a Miss, em vista do reconhecimento (qual ?) converte-se no pathos, o verdadeiro espanto, objeto de reflechão. Em um país onde a solução biográfica para problemas sistêmicos são uma regra, utilizar-se da bunda não torna a candidata uma criminosa ou gente pior. Em tempos de humanização, a Miss Bumbum é senão uma vítima. Para agradar os sistêmicos: elas constroem a sociedade que lhes constrói.
Durante o desfile, as mulheres se abrem, se contorcem se puxam e se esticam sobre a passarela, lançam-se ao chão e realizam as mais inimagináveis posições para convencer os jurados daquilo que Aristóteles denominou de ato e potencia. A bunda em ato, o que ela é, e a potencia, o que ela poderá vir a ser – ou produzir do ponto de vista comercial, determina a possível vencedora. Os desdobramentos humanos, demasiadamente humanos revelam consigo, por um lado, o vale tudo pelo reconhecimento da bunda; por outro, o quão desatualizado e limitado esta o Kama Sutra e suas posições ultrapassadas.
Ao fim do evento, eleita a bunda mais linda de 2012, a vencedora, aos prantos, desfilou na passarela empunhado as bandeiras do seu estado, Pará, e do seu país, o querido Brasil. Em outros tempos, talvez Policarpo Quaresma – personagem de Lima Barreto –, estivesse aos berros com seu ufanismo, defendendo as bundas brasileiras. Mas, passaram-se “os tempos” e os ufanismos são outros, não menos importante é verdade. Trata-se agora, de defender o Brasil, de defender o corpo brasileiro do mau uso que se faz da sua imagem – imagem que se constrói, exporta e vende. Em tempos de Copa das confederações, copa do Mundo, Olimpíadas, expansão da rede hoteleira e dos aeroportos, não vai faltar quem queira conhecer o País e Gozar nos “seus atributos”. Enquanto a imprensa produz “matérias de bunda”, é o Brasil que toma no CÚ. Até quando? Isso é Filosofia! Saca meu rei?

sábado, 22 de setembro de 2012

Ô Milton músico filósofo...

O Milton disse: " todo artista deve ir onde o povo esta".
E mainha disse "uma pena que os filósofos não são músicos".

Músicos: musilosofam
Filósofos contemporâneos: leem outros filósofos.

Filosofar no barulho pode tornar tua tese barulhenta.
Filosofar no silencio pode tornar tua tese EXcelente.

O filósofo precisa de silencio,
e o silencio precisa da filosofia.

A filosofia que diz alguma coisa, pode não dizer nada.
A filosofia que diz muita coisa, é provável que diga alguma.

Advertência aos Machistas: Caso a tua esposa pense, veja bem, re-pense.

Advertência as Feministas: Caso o teu homem pense, encontraste a joia rara.

Advertência aos Estudantes: Na fila do desemprego, um diploma é duas poltronas.

Advertência aos Políticos: se falas mal de Lula, perdes voto; se falas bem de Lula, cuidado.

Advertência a Igreja Católica: Meu senhor, o teu Papo já não Papa.

Advertência aos Evangélicos: Amém, não poha, sexo não, desgrudem. Assim seja eu quis dizer.

Advertência a mídia: Vejas quês Folhas mais sujas mais cheias de graxa, são elas meninas a nossa pró-pria desgraça no doce balanço a caminho do esgoto!

Frase da semana: A Baiana de acarajé indignada com os buracos na Barra Avenida, disse: " João HenRICO meu Rei, pimenta no rabo ou VÁTAPA? As obras já estão quase concluídas.

Do diabo para ACM neto: Meu herdeiro, sou eu, teu vôvo.

Da Policia Militar da Bahia, em nota offcial: " o auto de resistência será distribuído a todos os policiais do Estado em carne de cheques em branco".





sexta-feira, 20 de julho de 2012

ESTADO

Ei, psiu, vejam o Estado do Estado na Europa!
Ei, psiu, vejam o Estado detestado do Estado no Brasil!
Ei, psiu, vejam o Estado, amado,
Ei, psiu, vejam o Estado Armado
Entre o Eurocentrado e o iDollartrado, o nosso Estado é Real,
Trata-se de defende-lo,
em um solo onde ainda respira...

sábado, 9 de junho de 2012

PT: UM GRANDE PARTIDO

   Não é necessário muito esforço para situar o momento histórico em que o Partido dos Trabalhadores emergiu na sociedade brasileira. Uma economia em transito, do agrário ao industrial, uma classe operaria e a organização sindical, um partido político e um líder nas entrelinhas da história. Se lhe faltava um dedo, lhe sobravam palavras. E assim foi... E assim tem sido. E assim não deve ser.
    Foi o país se democratizando se organizando se informatizando, se industrializando e se privatizando... Aos trancos e barrancos, nas lutas e labutas. Brasil, enfim um país de Todos. Lula foi, tem sido e parecer querer ser, um grande líder. Em um país tão jovem de democracia tão engatinhante, o trabalhador se converteu no gigante. Foi o homem, ficou a lenda. Lenda viva. Eis o problema, saiu da política para nela permanecer, nas entrelinhas, nas articulações, no jogo de xadrez a moda Pau Brasil.
    Se não bastasse o prestígio, o senhor ex. presidente é também um homem de vontades e vaidades. Não cabe uma crítica moral quanto o assunto é política. Alias, até cabe, há tempos que o público e o privado se fizeram um só. O homem de vontades, desejos e vaidades quer o melhor para o seu partido. Quer tão bem, vê tão alem dos demais, que tem passado por cima da militância. Tudo que o PT precisava era de alguém que enxergasse alem do que os olhos podem ver.
    O nosso Lula fruto da democracia tem adotado atitudes cada dia mais democráticas. Começou de maneira sutil por São Paulo, impôs Haddad preteriu Marta. No Recife, após João da Costa atual prefeito, vencer as previas, Lula, o democrata, desejou o Humberto Costa. Ordem dada é ordem cumprida, não há democracia que resista aos desejos de um grande líder. Impôs o nome, garantiu apoio do PSB em são Paulo e afastou João da Costa desafeto de Eduardo Campos (PSB) Governador de PE. De brinde, o PSB levou uma cadeira no senado e emplacou a Erundina ex. PT agora PSB como vice do Haddad (PT) em São Paulo.
    Cenas da política brasileira, do Cara e do seu Partido. A atitude lulesca tem dividido a militância do sudeste ao nordeste. E me parece que as pessoas sensatas não esquecem. O tiro no jogo democrático, democracia essa refém da vontade alheia, lançou um alerta vermelho em relação à política brasileira e seu mais cortejado representante. Não parece exagerado qualquer comparação com Putin, alerta ligado é aviso dado. E se Lula resolve ser candidato, e aí Dilma?
    De fato, hoje, esses são os ventos e o estado da obra. Aguardemos os próximos capítulos mandos e desmandos. O ex. presidente, ora parece dono, ora parece gerente do seu PT. As atitudes a mão de ferro, tendem a fazer o partido se envergar cada vez mais às vontades iluminadas de Lula. Cabe a militância o grito de basta, a democracia, a diversidade e pluralidade devem estar acima de qualquer vaidade. Lula e a militância fizeram do PT um grande partido, e hoje sem vacilar ou hesitar, Lula continua a fazer do PT cada vez mais um grande PAR-TIDO, alerta ligado, é aviso dado.